O trabalho de investigação obtido a partir da auditoria da Arena das Dunas, solicitada por nosso mandato, já deixava bem claro que o processo de construção e de concessão da Arena das Dunas estava repleto de irregularidades. Hoje, a denúncia do Ministério Público Federal reforça o que já estamos denunciando desde o início do nosso mandato. Diante de mais essa denúncia, é urgente a retomada da CPI da Arena das Dunas, que está parada devido a manobras de antigos aliados de Rosalba. Está marcado, para o próximo dia 18, o julgamento, no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, de um mandado de segurança do deputado Sandro Pimentel exigindo o retorno imediato da CPI da Arena das Dunas.
O desvio de recursos foi comprovado por meio da “Operação Mão na Bola”, deflagrada em dezembro do ano passado pelo MPF e Polícia Federal. As investigações apontaram, entre 2011 e 2014, o pagamento de propina com valores do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção da arena, por meio de pagamentos a empresas subcontratadas para prestação de serviços fictícios ou superfaturados, a fim de gerar “caixa dois” com “dinheiro vivo”. O objetivo das propinas foi assegurar o contrato de parceria público-privada da Arena das Dunas com os agentes públicos envolvidos e evitar greves de trabalhadores que pudessem comprometer a execução da obra junto ao sindicato local.
Entre os denunciados também estão Demétrio Paulo Torres, então secretário extraordinário do Estado do Rio Grande do Norte para Assuntos Relativos à Copa do Mundo de 2014; Luciano Ribeiro da Silva (conhecido como Xuxa), na época vice-presidente do Sindicato da Construção Civil Pesada do RN; Charles Maia Galvão, então presidente da Arena das Dunas Concessões e Eventos S/A e do Consórcio Arena Natal, empresas criadas pela OAS para gerenciamento da obra; além dos executivos da empreiteira Adriano de Andrade, Ramilton Machado Júnior, José Maria Linhares Neto e Matheus Coutinho Oliveira.
“Espero que mais essa denúncia reforce a urgência de retornarmos a investigação das irregularidades na construção e na concessão da Arena das Dunas. Esses R$ 16 milhões alvos da denúncia do MPF é só a ponta do iceberg, já que auditoria que fizemos junto com a Controladoria Geral do Estado apontou uma economia de até R$ 421 milhões para os bolsos do povo potiguar, caso sanadas as irregularidades apontadas no estudo. É hora de retornarmos com a CPI, doa a quem doer”, enfatizou o deputado Sandro Pimentel.
*Com informações do MPF